Em fevereiro eu conheci o Rubão. Num hotel em Campinas. Fui
pegar uma água numa madrugada e conversamos ali e falei que era escritor e que
estava viajando pelo Brasil e ele me deu uns flyer´s de uma escola dele. Escola
de paraquedismo.
Quando vi aquilo, pirei! Porra! Quero saltar! E Rubão me
levou pra saltar. E Rubão me apresentou uma galera show de bola. E fiquei
amigaço do Varley, que me buscou no hotel em Campinas e me levou pra Piracicaba
pra saltar: contando piadas de Campinas a Piracicaba. De Piracicaba a Campinas.
Rubão e esposa. Varley e esposa. E eu. No carro. Com esses amigos que fiz. Do
nada. Duma água que quis beber de madrugada num hotel.
Falei que levaria esses amigos pelo resto da vida.
E fizemos planos! Vamos levar o paraquedismo de volta pra
Pará de Minas, caralho! Dá, dá pra levar!
E segui viagem. E despedi do Rubão e do Varley. Com a
certeza de que faríamos uma algazarra nos céus de Pará de Minas outrora.
Certezas!
Existem?
Pois que Rubão morreu num salto. O meu amigo morreu num
salto. Dois meses depois de me levantar do chão junto com Varley, de uma queda
de 4.500 pés. Eu vibrando o salto. Varley vibrando, Rubão vibrando...
“Vai de bunda mesmo!” gritava Varley...
E Rubão me deu as mãos, me levantou... e me perguntou:
“Tá feliz?”
Nunca respondi. Não pude responder. Rubão morreu antes que
eu dissesse:
“Foi a melhor coisa de roupa que eu fiz na vida!”
Tive a grande oportunidade de Fazer meu curso teórico e primeiro salto com o Rubão!!!
ResponderExcluirGrande cara, que ficou deslumbrado qdo fez seu primeiro salto, a ponto de montar sua própria escola!
Cara alegre este que me abraçava e incentivava todas as vezes que o encontrava!
Tá aí um cara que está fazendo e fará muiiita falta aqui no chão!!!
Abraço RUBÃO!!!!