Sentir me faz falta.
Preciso confessar minha carência. Carência daqueles
sentimentos que tornam um cara como eu, um ser mais vivo. Carência daqueles
sentimentos que me inspiram e embriagam minha alma. Carência de fogo, de
paixão, de alarde, de erros!
Quero um sorriso bobo estampado no meu rosto, quero o
coração descompassado por um beijo, quero o passo em falso – momento divino em
que a gente se entrega de corpo e alma ao universo maravilhosamente desconhecido
do próximo minuto.
Quero me apaixonar perdidamente e, perdido, não conseguir
voltar.
Quero provocar risadas, arrepios, mordidas, devaneios, xingamentos de bobo, de chato, de feio, de
meu...
Quero dormir abraçado e acordar ao lado da moça que eu quis.
Quero aquelas promessas de amor que só os olhos sabem
pronunciar e os corações sabem cumprir. Quero querer pra sempre, mesmo sabendo
que é longe demais.
Oh céus!
Como eu quero suprir essa carência que sinto de mim mesmo...