E se lá na nossa primeira infância nos ensinassem que sonhos
são realmente possíveis e que não importa o tamanho deles, mas o tamanho da
nossa vontade? E se nos ensinassem que obstáculos na verdade não existem, que o
que existe na verdade são situações que ocorrem para aprendermos a fazer
diferente? E se nos explicassem que o tamanho da perda será exatamente do
tamanho do apego?
E se nos dissessem que inferno na verdade não é um lugar,
mas uma situação criada por nossas consciências? E se nos dissessem que o bicho
papão nunca morou embaixo das nossas camas? Se nos ensinassem que meninos e
meninas se amam como meninos e meninos e meninas e meninas? Se nos falassem
mais de amor do que de dinheiro? Se nos ensinassem a brincar de ler?
E se nos mostrassem o mundo sem explicações e definições? Se
nos deixassem aprender sem imposições? E se nos dissessem que a liberdade é uma
dádiva que a gente recebe de graça e mantém a alto valor? E se nos ensinassem
que lealdade são serezinhos de quatro patas que nos lambem e abanam o rabo
quando estão contentes? E se nos dissessem que trabalho significa trabalho e
que isso não é bom?
E se nos ensinassem que uma das leis primordiais de todas as
culturas e sociedades era a de que, para nos mantermos financeiramente,
deveríamos fazer algo que a gente realmente gosta? E se nos ensinassem que a
tristeza e felicidade sempre são passageiras e que somos os únicos culpados por
esses sentimentos?
Se nos dissessem, se nos mostrassem, se nos explicassem, se
nos ensinassem...
A gente aprenderia?
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