
Friedrich Nietzsche
Naquele dia que eu te vi, foi assim... meus olhos não apenas te enxergaram, como te trouxeram cá pra dentro, pra morar em meus pensamentos mais bonitos.
Naquele dia que eu te vi, coração falou comigo. Bateu descompassado, inventando versos que rimam com aquela saudade que sentimos de coisas que ainda não vivemos.
Naquele dia que eu te vi, era o beijo - diálogo mudo que os lábios trocam em verdades impronunciáveis - que meus olhos buscavam...
Naquele dia que eu te vi, naquele dia que a gente fica um tanto bobo, sem conseguir expressar um sentimento, buscando palavras lá longe em tentativas vãs de falar de bem querer...
Naquele dia que eu te vi... passarinho procurando ninho num sorriso, num elo, num beijo! Passarinho livre querendo pousar...
Naquele dia que eu te vi... pois sim!
Eu voei...
Parceiros:
_Rapaz... o senhor é o senhor mesmo?
_ O que você acha?
_ Sei não... velhinho, barbona, cajadinho, túnica branca, fala mansa... parecer parece, mas se eu estou vendo o senhor...
_ Hahaha! Você me enxerga desta maneira porque foi assim que te ensinaram, desde a primeira infância, que eu era. Se dissessem a você que eu era uma garotinha de vestido rosa com sorvete nas mãos, provavelmente era esta garotinha que você estaria vendo agora...
_ Tá bonito que eu ia acreditar que uma menininha de vestido rosa com sorvete na mão ia dar conta de fazer o monte de coisa que o senhor fez... mas olhe, se eu estou vendo o senhor... ai, que desgraceira! Perdão pela palavra... mas... ai! Foi a pinga que eu tomei? Eu morri! Faz isso não, seu Deus!
_ Se acalme, homem! Você está apenas sonhando... mas pra quê apavorar tanto com a morte? Eu juro que não entendo vocês humanos...
_ Então é um sonho! Meu Deus do Céu! Graças a Deus! Quero dizer, graças ao senhor, seu Deus... mas aqui... se é um sonho, não é o senhor mesmo que eu to vendo, não é mesmo? É só um sonho! Bem que eu tava cismado mesmo, porque o senhor não parece ser assim tão velho...
_ Quem disse que você não pode se encontrar comigo em seus sonhos?
_ Ah, pare de balela comigo, sô! Então prove então! No que eu estou pensando agora, neste minuto?
_ “ Pare de pensar na Rosinha sem vestido, homem! Se esse homem for Deus mesmo ele adivinha as coisas... pare, pare...”
_ Eita que é o senhor mesmo! Ah, mas o povo lá da roça vai ficar danado quando eu contar que eu mesmo, encontrei com Deus no meu sonho! A propósito, desculpa aí pela Rosinha, seu Deus... é tentação, o senhor bem sabe...
_ Vai rezar mil Ave-Marias pelo pensamento profano!
_ Eita! Mil? Ainda bem que não pensei outras coisas...
_ Hahahaha! Eu estou brincando, homem! Rosinha é bem bonitona mesmo, não?
_ Não tem que rezar nada não?
_ Nada. Aliás, vocês humanos se castigam desnecessariamente o tempo todo, por motivos tão banais, que o que mais faço aqui às vezes, é ficar rindo de vocês...
_ Desculpa aí, seu Deus! Mas não to entendendo essa prosa sua não!
_ Eu bem sei que não.
_ Mas que eu vou contar pro povo todo que proseei com o senhor, ah, isso vou!
_ Conte, homem! Mas convenhamos, acha mesmo que irão acreditar que você se encontrou com Deus em um sonho?
_ Uai! Mas o senhor já me provou aqui, é fácil provar a eles também!
_ Não se incomode com isto, homem! Eu provo minha presença a vocês a todo instante. Seu sonho mesmo, chegará como inspiração a um escritor que colocará nossa prosa em papel e muitas pessoas terão acesso. E olhe, nem o próprio escritor acreditará que você existe e que de fato se encontrou comigo através de um sonho...
_Aqui, posso pedir só um favorzinho ao senhor? É coisa pequena, eu sei que é fácil pro senhor...
_ Pode, claro...
_ É que... o negócio de Rosinha... pega mal, né seu Deus! Manda o sonho pro escritor sem colocar meu nome no meio. O senhor sabe como é...
_ Hahahahaha!
_ O senhor tem um humor, hein? Ri o tempo inteiro! Eita, trem bão!
_ Vocês deveriam fazer o mesmo...
_ Olhe, seu Deus... to sentindo que vou acordar. To escutando o galo cantar lá de longe. Eu posso ver o senhor de novo?
_ Você me vê o tempo todo, homem! Pare de pensar que eu sou apenas este velho com cajado e vai começar a me encontrar em todos os momentos...
_ Eita que eu não entendo essa sua prosa não, seu Deus! Olhe que to acordando mesmo, boca seca que só! Eita, pinga braba de ontem! Fique com Deus, seu Deus! Quero dizer... fique com o senhor mesmo!
_ Eu fico, Tião! Vocês é que têm a mania de se perder de vocês mesmo o tempo inteiro...
_ Olhe o meu nome, seu Deus!
_ Você acha mesmo que as pessoas ao lerem um texto falando de um homem que sonhou com Deus, vão se incomodar com seu nome, Tião? Crie tento, homem! E acorde, acorde que o galo já cantou três vezes...
Parceiros:
Saudade de falar que nem criança
Vontade do sorriso seu
Saudade do amor na praia
Do beijo que você me deu
Ai…
Que saudade que eu tenho da Bahia!
No outono as folhas caem
Cai aqui uma canção
Planto versos que brotam no sorriso dela
Flores que vêm do coração
Palavras que rimam em amor são flores!
No outono os galhos ficam nus
E eu me dispo do pudor castanho
Sussurro cores em seus lábios
São as flores do meu outono estranho
Palavras que rimam em amor são flores!
A primavera não morre em mim
Enquanto o sorriso dela brilhar
Meu coração rega as cores que planto em palavras
São as flores que o outono não sabe brotar
Mais leituras:
Parceiros:
Em 25 de junho, despertei com a notícia de que havia uma nova resenha do meu livro. Desta vez, feita pela escritora Nanda Meireles.
Em seu texto, Nanda atentou para algo que até então, havia passado despercebido para mim. A maioria dos romances são escritos por mulheres. Rebusquei em minhas lembranças, procurando algum autor pelo qual eu talvez tivesse sido influenciado. Em vão. Não havia nenhum romancista masculino para que eu pudesse dizer: “Foi ele, culpa dele!”
Então comecei a analisar minhas obras, de uma forma que não havia feito até então. E descobri que, apesar de não haver nem sangue nem crime em meus escritos, a eterna Agatha Christie ainda vive aqui dentro, desde os tempos da adolescência. É que tanto Um Dia Em Nossas Vidas quanto pequena (meus dois romances) são obras que sugerem um quebra-cabeças, que pode ou não, ser montado antes da página final. Isto vai depender do leitor…
Segue a resenha de Nanda Meireles, pela qual me senti extremamente honrado.
Mais resenhas:
Diz Antonil em 1710: « A sede insaciável do ouro estimulou a tantos a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos como os das Minas, que dificultosamente se poderá dar conta do número das pessoas que atualmente lá estão. Cada ano vem nas frotas quantidades de portugueses e estrangeiros para passarem às Minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil vão brancos, pardos e pretos e muitos índios de que os Paulistas se servem.»
E, adiante: «As constantes invasões de portugueses do litoral vencerão os Paulistas que haviam descoberto as lavagens de ouro - florestas batidas, montanhas revolvidas, rios desviados de cursos pois a sede de ouro enlouquecia. Desciam das serras que isolavam Minas homens levando famílias, escravos, instrumentos de mineração, atravessando florestas e vadeando rios caudalosos depois de lutar às vezes contra índios expulsos do litoral. Frades fugiam dos conventos, proprietários abandonavam plantações, procurando como loucos as terras do centro - visão fugitiva de riquezas acumuladas sem luta nem trabalho…
A cidade tem o nome de Ouro Preto devido a uma característica do mineral aqui encontrado na época: o ouro era escurecido por uma camada de paládio, dando-lhe tonalidade diferente da normal.
Ouro Preto em 1870.
Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto.
Em 1839 foi fundada a Escola de Farmácia, tida como a primeira escola de farmácia da América do Sul.
Em 12 de outubro de 1876, a pedido de D. Pedro II do Brasil, Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas em Ouro Preto. Esta foi a primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil, que hoje é uma das principais instituições de engenharia do País.
Assim era descrita a cidade de Ouro Preto pelo ilustre fundador da Escola de Minas, em relatório enviado ao Imperador Dom Pedro II: "Em muito pequena extensão de terreno pode-se acompanhar a série quase completa das rochas metamórficas que constituem grande parte do território brasileiro e todos os arredores da cidade se prestam a excursões mineralógicas proveitosas e interessantes."(Claude Henri Gorceix)
Ouro Preto dista há 95km da capital mineira, Belo Horizonte. Na Pousada do Pilar, usufruimos do aconchego e hospitalidade que essa terra oferece a turistas de todo o mundo. Para consultar valores de diárias e promoções, conhecer mais a Pousada, clique no banner abaixo:
FONTE: Wikipédia
“Cuide bem do seu sobrinho” foi o que a Dri, minha irmã de coração disse, ao me presentear com sua obra Outono de Sonhos. Eu estava imerso em leituras científicas, que na maioria das vezes não são tão prazerosas.
Eu li Outono de Sonhos como se estivesse vivendo ao lado de Helen, uma garota linda que havia iniciado o curso de Letras na UFSC. Algumas vezes me sentia como seu amigo Diego com suas brincadeiras. Outras vezes me senti na pele de Alan, toda vez que Helen se referia a ele como “chato”.
É que a Dri vez ou outra manda um “chato” por e-mail e eu sei que é carinho de irmã… rs
Outono de Sonhos é um livro apaixonante, envolvente: não há como não se colocar no cenário. Acompanhando Helen em um de seus encontros com Andrew, enquanto eu lia a narrativa, me peguei falando alto: “Beija logo!”
A belíssima obra de Adriana Brazil fala de amor, fé e amizade. Além da história de Helen e Andrew, além das poesias que me deixaram extasiado, Dri não se conteve e nos brinda com “O Príncipe e a Plebeia”, uma estória de um amor descomunal que inicialmente é escrita por Andrew e cabe à Helen dar continuidade ao romance.
Dri, parabéns pelo seu talento! Meu sobrinho me cativou e me sinto honrado em ter acesso a esta obra que, sem dúvida, fará sucesso por onde passar!
Para saber mais sobre o trabalho desta autora genial, clique aqui!
Leia sobre a série Foi Assim Que Te Amei
Quer saber mais sobre Outono de Sonhos? Clique na capa do livro abaixo.
Tenho lido bastante livros científicos ultimamente. E nesta semana fui presenteado com duas leituras inesquecíveis, por dois grandes amigos. Adriana Brazil, com seu lindo romance Outono de Sonhos, do qual ainda falarei aqui, e Lúcio Mauro de Oliveira, que me brindou com o conto “Trem Bão É Coisa Boa”.
A obra do meu amigo me emocionou a tal ponto, que encerrei a leitura com lágrimas caindo dos olhos. Hora sarcástico, hora simples, hora bem humorado, meu amigo escritor fez com que eu retornasse aos preciosos momentos da minha infância, que vivi na fazenda ao lado dos meus avós. Dividida em 14 capítulos, a obra é lida de forma tão prazerosa que não sentimos o tempo passar durante a leitura.
Trem Bão É Coisa Boa…
Eu recomendo!