O Menino que sonhava Azul

Era assim, meio esquisito sonhar azul...
Mundo d´água sem fim, terra vista da lua, céu avistado de baixo, do alto da serra, olhando o mar.
Era assim, sonhando azul, colorido num to só, ciano sem magenta nem amarelo puro, nem neuras!
O menino sonhava azul. Sonhava o que não existia, sonhava uma cor vivendo num mundo em tons de cinza. O menino sonhava...
Era assim, fragmentos de pigmentos de ternura buscando cores, buscando amores, dores, flores, sabores, licores, ardores!
Era assim o menino sonhando, sonhando azul.


Então ele acordou e o azul virou mundo, sugismundo, saturno sem fim: mundo de holofotes gigantes berrando luzes, inventando cores num prisma, arco-íris, canções de amor! Indumentos não palpáveis, semi-círculos de idéias materializadas, mirabolantes, azuis... azuis por natureza.

Sem mais querer, o menino descobriu o sonho, o sonho que não era sonho, o sonho que não era cor: era azul...

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